RODRIGO MAIA DISCURSA NA CERIMÔNIA DE ABERTURA DO SIMPÓSIO NACIONAL DE VAREJO E SHOPPING
Em fala, Maia pondera que o tamanho do Brasil inviabiliza investimentos.
“O Brasil cansou desses políticos que fogem das perguntas para ficarem bem com todos”. Com essa frase, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deu o tom do discurso realizado na noite de 5 de abril, na cerimônia de abertura do 3º Simpósio Nacional de Varejo e Shopping, realizado pela Alshop em Foz do Iguaçu.
A abertura do evento sofreu um atraso de duas horas para aguardar o deputado, que estava em evento no estado do Rio de Janeiro. Mas esse obstáculo foi facilmente contornado pela equipe e pelos mais de 250 convidados para o evento.
Maia exaltou as conquistas do último ano – especialmente a aprovação da Reforma Trabalhista. “Nós recebemos 5 artigos na Câmara e os transformamos em 100”, afirmou, lembrando da participação do deputado Rogério Maia na conquista dessa modernização das Leis Trabalhistas. Além disso, destacou a urgência das reformas Previdenciária e Tributária.
“Qual o Brasil que nós queremos? O tamanho do nosso país hoje inviabiliza o crescimento”, avaliou, lembrando que 13% do PIB – ou seja, de toda a riqueza produzida aqui – é usado pela Previdência. Maia disse que o Congresso está em movimento, trabalhando pela aprovação das reforma, mas que o impacto do tempo perdido durante o processo de afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff ainda impacta no resultado geral dos trabalhos.
“Precisamos aprovar a Reforma da Previdência pois não é justo que a parcela da população que recebe um salário mínimo por mês pague a previdência daqueles que ganham mais de R$ 30 mil”, declarou.
O presidente da Câmara reiterou que é necessário “discutir as despesas do Governo. Há R$ 285 bilhões em incentivos fiscais, e não podemos dizer que todo esse momento esteja sendo utilizado para incentivar a economia e gerar empregos”. Ele fez o mea culpa ao dizer que “a Câmara já devolveu aos cofres públicos mais de R$ 600 milhões em um ano – mas ainda há muita gordura para queimar”.
Maia encerrou o discurso ponderando: “é necessário coragem para fazer uma reforma tributária justa. Atualmente, nosso governo é caro e ineficiente e não devolve nada à sociedade”.
O discurso de Maia foi bastante sinérgico com a fala de Nabil Sahyoun, presidente da Alshop, e de Luiz Claudio Costa, presidente da Record. Ambos exaltaram o momento, em que se faz urgente que o empresariado assuma o protagonismo das mudanças que desejam para o Brasil. “Todos somos responsáveis pela grandeza do Brasil”, pontuou Costa.
”É a primeira vez que eu participo desse evento, porém a Fast Shop já teve outros participantes.
Edson ShimadaFast Shop
Estou achando muito legal porque o nível de relacionamentos que se cria aqui, de interação com o pessoal de shopping e outros lojistas de vários segmentos, propicia algo além do conteúdo do evento.
A visão política, a visão dos empresários, tudo contribui. E a mensagem que estou levando é de que tem muita coisa boa vindo por aí. Uma visão otimista desse cenário.